7 de outubro de 2010

História e Desenvolvimento da Cinesiologia



Segundo Lehmkuhl e Smith (1987) a cinesiologia surgiu e desenvolveu-se a partir da fascinação dos seres humanos pelo comportamento motor animal. Questões levantadas pelos estudiosos tais como a maneira pela qual o homem anda, ou ainda como nada um peixe, como um pássaro voa ou até quais são os limites da força muscular, levaram o homem a criar e desenvolver a ciência do movimento humano, desde já chamada de cinesiologia. Esta relação homem-mundo animal observada nas origens da cinesiologia demonstra sua íntima relação com outra disciplina que faz referências ao homem e seu comportamento no meio animal: a antropologia. Aristóteles (384-322, a.C), que é considerado o "pai da cinesiologia", realizou seus estudos baseado em observações práticas dos animais em seu ambiente natural. Destas observações foram retirados conceitos que descreviam a ação dos músculos, sendo que nesta descrição os músculos estavam submetidos auma análise geométrica (RASCH & BURKE, 1977). Posteriormente surgiu Arquimedes (287-212 a.C) e os seus princípios hidrostáticos que explicam a maneira pelo qual os corpos flutuam; tais princípios são ainda hoje a fundamentação teórica na qual se baseiam os estudiosos da cinesiologia da natação, e entre as suas considerações observam-se descrições a respeito das leis das alavancas e do centro de gravidade. Galeno (131-202 d.C), apesar de pouco conhecido, foi quem deu o "ponta-pé" inicial para o entendimento dos movimentos humanos como resultado da contração dos músculos, o que pode-se considerar como uma descoberta magnífica para a evolução da cinesiologia. Infelizmente depois de seus estudos ocorreu um período de estabilização no processo de desenvolvimento da cinesiologia, período este que durou mais de 1000 anos e que se encerrou somente quando Leonardo da Vinci (1452-1519) realizou novos estudos a respeito do corpo humano. Sobre estes estudos RASCH & BURKE (1977) nos fala que:
Segundo Lehmkuhl e Smith (1987) a cinesiologia surgiu e desenvolveu-se a partir da fascinação dos seres humanos pelo comportamento motor animal. Questões levantadas pelos estudiosos tais como a maneira pela qual o homem anda, ou ainda como nada um peixe, como um pássaro voa ou até quais são os limites da força muscular, levaram o homem a criar e desenvolver a ciência do movimento humano, desde já chamada de cinesiologia. Esta relação homem-mundo animal observada nas origens da cinesiologia demonstra sua íntima relação com outra disciplina que faz referências ao homem e seu comportamento no meio animal: a antropologia. Aristóteles (384-322, a.C), que é considerado o "pai da cinesiologia", realizou seus estudos baseado em observações práticas dos animais em seu ambiente natural. Destas observações foram retirados conceitos que descreviam a ação dos músculos, sendo que nesta descrição os músculos estavam submetidos auma análise geométrica (RASCH & BURKE, 1977). Posteriormente surgiu Arquimedes (287-212 a.C) e os seus princípios hidrostáticos que explicam a maneira pelo qual os corpos flutuam; tais princípios são ainda hoje a fundamentação teórica na qual se baseiam os estudiosos da cinesiologia da natação, e entre as suas considerações observam-se descrições a respeito das leis das alavancas e do centro de gravidade. Galeno (131-202 d.C), apesar de pouco conhecido, foi quem deu o "ponta-pé" inicial para o entendimento dos movimentos humanos como resultado da contração dos músculos, o que pode-se considerar como uma descoberta magnífica para a evolução da cinesiologia. Infelizmente depois de seus estudos ocorreu um período de estabilização no processo de desenvolvimento da cinesiologia, período este que durou mais de 1000 anos e que se encerrou somente quando Leonardo da Vinci (1452-1519) realizou novos estudos a respeito do corpo humano. Sobre estes estudos RASCH & BURKE (1977) nos fala que:




(...) "Da Vinci era particularmente interessado na estrutura do corpo humano em relação com o movimento e na relação existente entre o centro de gravidade, o equilíbrio e o centro de resistência. Descreveu a mecânica do corpo na atitude ereta, a marcha na descida e na subida, no erguer-se de uma posição sentada, e no salto" (...) (p.2). 
Por este pequeno trecho de palavras podemos observar a importância que Da Vinci trouxe para a evolução da cinesiologia, uma vez que foi ele o primeiro a registrar dados científicos na marcha humana assim como também demonstrou o comportamento dos músculos durante o movimento, observando a ação e interação progressiva de vários músculos para que um movimento fosse realizado. Posteriormente a Da Vinci surge Galileu Galilei (1564-1463) com suas idéias "revolucionárias" cujos princípios consistiam na observação do movimento humano sob uma base de conceitos matemáticos preestabelecidos, onde descrevia, por exemplo, as correlações aceleração-peso do corpo e espaço-tempo-velocidade como elementos importantes no estudo do movimento humano; foi a partir de seu trabalho que a cinesiologia foi impulsionada para ser reconhecida como uma ciência propriamente dita. Após Galileu outros estudiosos também se destacaram no estudo do movimento humano, tais como Alfonso Borelli (1608-1679), Giorgio Baglivi (1668-1706), Niels Stensen (1648-1686) e Nicolas Andry (1658-1742), mas foi com Isaac Newton (1642-1727) que, indiretamente, a cinesiologia recebeu uma grande contribuição para avançar e chegar no estágio em que se encontra atualmente. Com a publicação das três leis de repouso e movimento ( lei da inércia, lei do movimento e lei da interação ) pôde-se estudar o movimento observando suas alterações perante uma força que o influenciava. Esta interferência de grandezas físicas sobre o movimento humano demonstra mais uma relação da cinesiologia com outra disciplina, sendo que agora a relação observada é entre a cinesiologia e a mecânica.

Ainda no século XVIII John Hunter (1728-1793) reuniu todas as observações sobre a estrutura e a potência dos músculos, porém uma coisa que ainda intrigava os estudiosos era quanto ao estímulo da contração muscular, o que foi desvendado por Guillaume Benjamin Amand Duchenne (1806-1875) em sua obra physiologie des mouvements, onde descrevia a resposta muscular como produto de uma estimulação elétrica; foi neste período que a cinesiologia começou a ter uma relação mais próxima com a fisiologia, uma vez que foi com o estudo da eletricidade animal que o mundo fisiológico passou a apresentar maior interesse pelo movimento humano e os músculos que o geravam. Esta correlação cinesiologia-fisiologia dura até os dias atuais e contribui amplamente para o desenvolvimento de ambas as disciplinas. 

Os primeiros anos do século XX contribuíram ainda mais para estreitar a relação entre a cinesiologia e a fisiologia. Wilhelm Roux (1850-1924) desenvolveu estudos afirmando que a hipertrofia muscular evolui em um grau maior quanto mais o músculo for forçado a trabalhar, enquanto que John Hughlings Jackson (1834-1911) estabeleceu a relação do movimento muscular com o cérebro, e mais especificamente com o córtex motor. Esta relação sistema muscular-sistema nervoso serviu como base para que Henry Pickering Bowditch (1814-1911) demonstrasse o princípio da contração do "tudo ou nada", o qual foi de fundamental importância para a compreensão dos eventos cinéticos do corpo humano (RASCH & BURKE, 1977).

Mais recentemente a cinesiologia passou a apresentar ume relação com outra disciplina que estuda o ser humano: a psicologia. Nesta relação o interesse de ambas é quanto ao estudo das reciprocidades do movimento humano considerando fatores como a motivação, a comunicação cultural, a personalidade, a socialização, a criatividade, a expressão estética etc. Com este estudo busca-se dotar o movimento humano de um significado próprio que o represente perante uma sociedade ou cultura, e que ligue o homem ao mundo que o rodeia (ambiente).

O leitor mais atento pode estar se perguntando sobre a relação cinesiologia-anatomia que não apareceu no presente texto. Na verdade tal relação apareceu, porém, de forma implícita, uma vez que quando citamos elementos como os músculos, fibras nervosas, cérebro, córtex motor etc., e os relacionamos com o movimento humano propriamente dito, estamos fazendo uma relação entre alguns componentes do organismo humano e os movimentos por eles proporcionados, o que nada mais é do que esta relação cinesiologia-anatomia existente. Através destas relações da cinesiologia com outras disciplinas é que nós buscamos mostrar a sua evolução desde a sua origem até os estudos mais recentes, buscando sempre destacar alguns autores que construíram esta história ao longo do tempo e que contribuíram com uma parcela significativa para o desenvolvimento desta ciência do movimento humano.


4 de outubro de 2010

O USO DA CINESIOLOGIA NO FUTEBOL

O uso da cinesiologia no futebol
Autoria de Guilherme Costa
sábado, 22 de novembro de 2008
Última Atualização domingo, 06 de junho de 2010


   Trabalho precisa ser adequado à abrangência de movimentos exigidos na modalidade.
 O estudo do movimento é uma tarefa muito mais simples em esportes que exigem menos variações dos atletas. Modalidades como levantamento de peso e a corrida, por exemplo, trabalham com grande intensidade um segmento limitado de grupos musculares. Essa realidade é totalmente diferente do que acontece no futebol.
   "O futebol não tem uma exigência única. É completamente diferente você analisar o movimento em um esporte assim,que exige potência e ainda tem a especificidade de cada atleta, e uma modalidade em que se pode trabalhar o movimento em uma perspectiva mais concentrada", avaliou Jefferson Loss, da Sociedade Brasileira de Biomecânica. Diante dessa realidade, o trabalho da cinesiologia aplicado ao futebol precisa ser adequado à abrangência dos movimentos na modalidade. E cada um dos trabalhos musculares deve ser compreendido a partir de aspectos biológicos, antropológicos, físicos, químicos, sociológicos e psicológicos.
   Contudo, a abordagem multidisciplinar do movimento cria um fator complicador para a periodização do trabalho de cinesiologia no futebol. Trata-se de um esporte com exigências variadas, e essas exigências devem ser observadas a partir de perspectivas variadas.
Essa dificuldade ainda é uma barreira a ser transposta pela cinesiologia no mundo do futebol. A distância entre o conhecimento e o que é feito nos gramados também pode ser explicada pela ausência de um programa difundido de trabalho integrado entre os profissionais dessa área e a comissão técnica.
   A primeira atuação da cinesiologia no futebol é a avaliação, sendo que o modo mais empregado é o desafio. Desafiar o corpo é fazer provocações ou estímulos precisos e obter a resposta a partir de teste muscular subseqüente. Isso ajuda o profissional a saber a direção em que um corpo de vértebra deve ser manipulado, por exemplo. Além disso, é muito comum os profissionais realizarem testes de dois pontos, que tentam identificar ligações entre relações físicas. Essa avaliação pode ser determinante para encontrar distúrbios musculares e projetar correções durante o treinamento dos atletas.
Quando o músculo indicador cede durante o teste, torna-se fraco e mostra que o corpo está preparado para a terapia. Isso é a chamada regulação aberta. Se o músculo se mantiver forte, o caso é chamado de regulação bloqueada. O profissional deve procurar a causa do bloqueio parcial do mesênquima e do sistema nervoso autônomo e eliminar.
   O profissional da cinesiologia ainda deve estar preparado para identificar possíveis distúrbios estruturais do aparelho delocomoção, que vão desde falhas na mobilidade dos ossos cranianos até problemas na pelve, no andar e no deslocamento de corpos vertebrais.
A realização da avaliação fornece dados para o profissional decidir entre trabalho de prevenção ou de correção para músculos hipotônicos. A antecipação é uma forma de correção ou adequação dos movimentos para evitar lesões ou complicações na prática esportiva. A correção acontece quando o erro do movimento já está instalado e acontece com freqüência contundente.
  Como o futebol tem uma exigência de vários grupos musculares, o trabalho de cinesiologia deve ser feito de forma minuciosa e detalhada para fazer uma abordagem completa sobre o movimento. A importância é ainda maior quando o preparador físico ou alguém da comissão técnica detecta algum problema funcional evidente com o atleta. Nesse caso, a correção pode ser feita de forma perene, sem a necessidade de esperar até a avaliação periódica.


Bibliografia
FATTINI, Carlo A. & DANGELO, José. Anatomia humana sistêmica e segmentar. Editora Atheneu, 2007.
MOREIRA, Demóstenes. Cinesiologia: clínica e funcional. Editora Atheneu, 2005.
FORNASARI, Carlos Eduardo. Manual para estudo da cinesiologia. Editora Manole, 2001.
DOBLER, Günter. Cinesiologia - Fundamentos, prática e esquemas de terapia. Editora Manole, 2003.
HARRIS, Janet C. & HOFFMAN, Shirl J.. Cinesiologia: estudo da atividade física. Editora Artmed, 2001.
Autor: Guilherme Costa Cortesia:
Créditos: EducaçãoFísica.org agradece à Cidade do Futebol (www.cidadedofutebol.com.br) pela permissão de reproduzir o
educacaofisica.org
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texto "O uso da cinesiologia no futebol ".

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VEJA: CREF5-

CONSELHO REGIONAL DE EDUCÇÃO FÍSICA.
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2 de outubro de 2010

Acesse: Portal da Educação Física.

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http://www.educacaofisica.com.br/especiais/educacaofisica/

1 de outubro de 2010

Introdução Anatomia Humana.

1.Posição Anatômica 
              Indivíduo em posição eretra, com a face voltada para frente olhar dirigido para o horizonte; membros superiores estendidos, aplicados ao tronco e com as palmas da mão voltada para frente, membros inferiores unidos, com a ponta dos pés dirigidas para frente.

2.Planos de deliminação e secção do corpo
-Plano ventral
-Plano dorsal
-Plano lateral, direito e esquerdo
-Plano cranial ou superior 
-Plano inferior ou podálico
-Plano caudal (limita o tronco isoladamente)

3.Secção 
-Plano medial ou sagital 
-Plano sagital paramediano
-Plano tranversal
-Plano frontal ou coronal

4.Eixos
-Sagital, ántero-posterior
-Longitudinal, crânio-podálico
-Transversal, látero-lateral

5.Termos de direção 
-Medial               -Anterior           - Superior
-Lateral               -Posterior          -Inferior
-Proximal            -Superficial
-Distal                 -Profundo

6.Direção do Corpo
-Decúbico Dorsal              -Decúbico ventral
-Bipedestação                   -Deitado

7.Divisão do Corpo Humano
-Cabeça
-Tronco: Toráx/abdome
-Membros: Superiores(toráxicos)
  Raíz: ombro
  Parte livre : braço, antebraço, mão.

-Membros inferiores (Pélvicos)
  Raíz: quadril 
  Parte livre: coxa, perna e pé



8.Divisão do Esqueleto
Axial : Formado por ossos do crânio, coluna vertebral( vétebras: cervical, toráxica, lombar, sacro e cóccix),
do esterno e das costelas além das cartilagens costal.

Pendicular: Formado pelos os ossos dos membros superior e inferio.( úmero, rádio, ulna, carpo, metacarpo, falanges, fêmur, patela, tíbia, tarso, metatarso e calcâneo).
                          Obervação: A união destas duas porções se faz por meio de cinturas:
                              1.Escapular: formada pela escápula e clavícula
                              2.Pélvica: ossos do quadril